A maioria dos cães de todas as raças podem ter vida sadia e longa desde que sejam bem tratados não só na alimentação, afeto como também visitando regularmente um veterinário.
Contudo, por melhores que sejam os cuidados ainda assim qualquer cachorro pode ser vítima de problemas adquiridos, os congênitos, assim como nós seres humanos. Estes problemas variam de doenças de pele a viróticas, de alergias ao câncer e assim por diante. Além do mais, cada raça de cães tem seus próprios problemas genéticos específicos; àqueles herdados. Uns menores, outros mais prejudiciais e alguns possivelmente fatais. Alguns cães podem mostrar uma carga hereditária muito forte e outros não muito mais que uma tendência para "carregar” algumas poucas particularidades da linhagem a que pertencem.
O Golden retriever não é exceção e infelizmente os problemas se multiplicam conforme o aumento da popularidade da raça e procriação indiscriminada.
O fracasso em filtrar problemas de hereditariedade antes da procriação resulta freqüentemente em um "doubling up" de genes desfavoráveis e os resultados atingem não só o cão adquirido bem como, obviamente, seu comprador .
Descreveremos alguns dos problemas de hereditariedade mais comuns que podem ser encontrados em Goldens Retrievers:
DISPLASIA
O termo displasia descreve uma doença que se desenvolve em cães jovens de muitas raças diferentes. É um problema comum nas raças maiores e o desencadeamento da displasia pode ser um problema sério.
Os seguintes fatores são relacionados ao desenvolvimento da doença:
• Genético: A displasia possui herança poligênica quantitativa (aproximadamente 18 genes) de herdabilidade média a alta, ou seja quanto maior o grau de parentesco com animais displásicos maior é a probabilidade da prole ser displásica;
• Nutricional: Dietas com altos índices de energia, proteína e cálcio proporcionam um rápido crescimento e um ganho de peso excessivo (aumenta o peso sobre a articulação) induzindo ao aparecimento da displasia;
• Massa Muscular Pélvica: Animais com menores proporções de massa muscular pélvica possuem maiores chances de desenvolverem a displasia. Segundo Riser e Shirer os animais que apresentarem índice de massa muscular pélvica [(peso da musculatura pélvica/peso corporal) x 100] menor que 9 irão desenvolver displasia;
• Alterações Biomecânicas: Forças musculares que atuam na articulação coxofemoral ajudam a manter a cabeça do fêmur encaixada com o acetábulo. Redução, eliminação , ou exaustão das forças musculares levam a uma instabilidade na articulação e subluxação. O rápido crescimento do esqueleto em disparidade com o crescimento muscular também induz o aparecimento da displasia;
Como qualquer característica quantitativa, a conformação pode variar de boas para ruins com todos graus no meio.
Os sinais de desencadeamento da displasia não podem ser detectados em um filhote recém nascido, mas podem aparecer normalmente no período de crescimento, entre os quatro e nove meses de idade. Os sintomas podem apresentar-se como desconforto e dificuldade para levantar-se, membros traseiros rígidos - “mancar” e ao andar pode-se observar um movimento oscilatório lateral na parte traseira. A melhoria ou desaparecimento dessa patologia pode acontecer quando o cachorro amadurece, como resultado da articulação que se estabiliza, uma baixa da inflamação e um esforço regenerativo do sistema muscular.Contudo, o cachorro displásico vai normalmente desenvolver algum grau de artrite durante sua vida. Através de raios- X pode-se obter uma avaliação e diagnóstico.
Os procedimentos de avaliação diferem um pouco, a GRCA reconhece a validade de ambos os adotados e encoraja todos criadores de Goldens Retrievers a determinarem a saúde de conformação dos quadris para qualquer animal potencialmente procriador.Classificação das articulações coxofemorais:
A HD - sem sinais de displasia coxofemoral
B HD +/- articulações coxofemorais próximas do normal
C HD + displasia coxofemoral leve. Discreta subluxação.
D HD + + displasia coxofemoral moderada.
Evidente subluxação, acompanhada de osteoartrose
E HD + + + displasia coxofemoral severa. Subluxação ainda mais evidente, acompanhada de osteoartrose
Cães displásicos D e E não devem ser usados para procriação, mas podem ter uma vida útil, longa e feliz. Muitos Goldens com displasia não mostraram sinais externos, até atingirem entre 7 ou 8 anos de idade quando a tonificação muscular diminui e o uso da articulação se torna mais notável.
Alguns procedimentos médicos e cirúrgicos são utilizados para aliviar a dor da displasia, permitindo uma vida saudável ao cão.
DOENÇAS DOS OLHOS
Catarata hereditária, Atrofia Retiniana Progressiva , Entrópio e Ectrópio são problemas de olhos que afetam a raça Golden Retrievers, sendo a catarata a mais encontrada nos dias de hoje. As Cataratas são definidas pela opacidade dentro da lente do olho. Pelo menos um tipo de catarata hereditária aparece em uma idade precoce e afeta Goldens, podendo ou não intervir na visão do cão e em alguns casos, fazendo progresso severo ou até mesmo gerando a perda total de visão.
Existem também cataratas não-hereditárias que podemos encontrar algumas vezes e um exame veterinário oftalmológico é necessário para determinar se a catarata é ou não é motivo de preocupação, do ponto de vista genético. Outros problemas de vista, menos comuns atualmente, tais como Entrópio e Ectrópio (pálpebras viradas) são má formações que resultam numa irritação ocular acarretada pelo constante atrito dos cílios com a córnea.
Uma cirurgia pode ser necessária para corrigir estes problemas, e este é um procedimento razoavelmente simples nos dias de hoje.Exames oftalmológicos deveriam ser feitos anualmente por um veterinário especializado, até pelo menos os oito anos de idade, pois problemas congênitos oculares também podem se desenvolver durante os estágios de envelhecimento dos cães, independente dos fatores hereditários.Goldens com doença hereditária de olhos não devem ser usados para procriação
DOENÇAS DO CORAÇÃO
A doença de coração Hereditária, muito comumente Subvalvular Aortic Stenosis (SAS), é conhecido por acontecer na raça Golden Retriever.
Todos os animais de procriação deveriam ser examinados por um cardiologista veterinário.
Se um “murmúrio” está detectado por auscultação (escutando com um estetoscópio), testes de diagnóstico adicional estão disponíveis e podem ser recomendados.
Contudo, até mesmo quando os resultados são negativos, não se exclui a possibilidade de uma doença de coração. Algumas formas suaves hereditárias podem ser indetectáveis, exceto em autópsia. Animais com doença de coração hereditária não devem ser usados para procriação.
DOENÇAS NEUROLÓGICAS
Os retrievers, em geral, são mais suscetíveis a tumores. Estes costumam ocorrer em idades mais avançadas, mas também podem surgir em cães mais jovens, provenientes de fatores genéticos. Como no caso do ser humano, os tumores podem ser benignos ou malignos, internos ou externos.
Certamente os tumores neurológicos, internos, implicam quadros mais agravantes, na maioria das vezes acompanhados de convulsões e/ou alterações no desenvolvimento físico e comportamental do cão.
Somente um veterinário especializado poderá avaliar e diagnosticar casos neurológicos, pois requer exames e tratamentos específicos. Já as epilepsias nem sempre são hereditárias e as crises acometem o cão geralmente durante o sono ou descanso. Os sintomas são espasmos musculares, incontinência urinária ou/e movimentos natatórios. Pode ser um quadro sem gravidade, proveniente de fatores externos (produtos químicos, por ex), porém só o veterinário terá condições de fazer essa avaliação.
A manifestação e diagnóstico de doença neurológica genética implicam necessariamente a não utilização do animal para procriação.
Contudo, por melhores que sejam os cuidados ainda assim qualquer cachorro pode ser vítima de problemas adquiridos, os congênitos, assim como nós seres humanos. Estes problemas variam de doenças de pele a viróticas, de alergias ao câncer e assim por diante. Além do mais, cada raça de cães tem seus próprios problemas genéticos específicos; àqueles herdados. Uns menores, outros mais prejudiciais e alguns possivelmente fatais. Alguns cães podem mostrar uma carga hereditária muito forte e outros não muito mais que uma tendência para "carregar” algumas poucas particularidades da linhagem a que pertencem.
O Golden retriever não é exceção e infelizmente os problemas se multiplicam conforme o aumento da popularidade da raça e procriação indiscriminada.
O fracasso em filtrar problemas de hereditariedade antes da procriação resulta freqüentemente em um "doubling up" de genes desfavoráveis e os resultados atingem não só o cão adquirido bem como, obviamente, seu comprador .
Descreveremos alguns dos problemas de hereditariedade mais comuns que podem ser encontrados em Goldens Retrievers:
DISPLASIA
O termo displasia descreve uma doença que se desenvolve em cães jovens de muitas raças diferentes. É um problema comum nas raças maiores e o desencadeamento da displasia pode ser um problema sério.
Os seguintes fatores são relacionados ao desenvolvimento da doença:
• Genético: A displasia possui herança poligênica quantitativa (aproximadamente 18 genes) de herdabilidade média a alta, ou seja quanto maior o grau de parentesco com animais displásicos maior é a probabilidade da prole ser displásica;
• Nutricional: Dietas com altos índices de energia, proteína e cálcio proporcionam um rápido crescimento e um ganho de peso excessivo (aumenta o peso sobre a articulação) induzindo ao aparecimento da displasia;
• Massa Muscular Pélvica: Animais com menores proporções de massa muscular pélvica possuem maiores chances de desenvolverem a displasia. Segundo Riser e Shirer os animais que apresentarem índice de massa muscular pélvica [(peso da musculatura pélvica/peso corporal) x 100] menor que 9 irão desenvolver displasia;
• Alterações Biomecânicas: Forças musculares que atuam na articulação coxofemoral ajudam a manter a cabeça do fêmur encaixada com o acetábulo. Redução, eliminação , ou exaustão das forças musculares levam a uma instabilidade na articulação e subluxação. O rápido crescimento do esqueleto em disparidade com o crescimento muscular também induz o aparecimento da displasia;
Como qualquer característica quantitativa, a conformação pode variar de boas para ruins com todos graus no meio.
Os sinais de desencadeamento da displasia não podem ser detectados em um filhote recém nascido, mas podem aparecer normalmente no período de crescimento, entre os quatro e nove meses de idade. Os sintomas podem apresentar-se como desconforto e dificuldade para levantar-se, membros traseiros rígidos - “mancar” e ao andar pode-se observar um movimento oscilatório lateral na parte traseira. A melhoria ou desaparecimento dessa patologia pode acontecer quando o cachorro amadurece, como resultado da articulação que se estabiliza, uma baixa da inflamação e um esforço regenerativo do sistema muscular.Contudo, o cachorro displásico vai normalmente desenvolver algum grau de artrite durante sua vida. Através de raios- X pode-se obter uma avaliação e diagnóstico.
Os procedimentos de avaliação diferem um pouco, a GRCA reconhece a validade de ambos os adotados e encoraja todos criadores de Goldens Retrievers a determinarem a saúde de conformação dos quadris para qualquer animal potencialmente procriador.Classificação das articulações coxofemorais:
A HD - sem sinais de displasia coxofemoral
B HD +/- articulações coxofemorais próximas do normal
C HD + displasia coxofemoral leve. Discreta subluxação.
D HD + + displasia coxofemoral moderada.
Evidente subluxação, acompanhada de osteoartrose
E HD + + + displasia coxofemoral severa. Subluxação ainda mais evidente, acompanhada de osteoartrose
Cães displásicos D e E não devem ser usados para procriação, mas podem ter uma vida útil, longa e feliz. Muitos Goldens com displasia não mostraram sinais externos, até atingirem entre 7 ou 8 anos de idade quando a tonificação muscular diminui e o uso da articulação se torna mais notável.
Alguns procedimentos médicos e cirúrgicos são utilizados para aliviar a dor da displasia, permitindo uma vida saudável ao cão.
DOENÇAS DOS OLHOS
Catarata hereditária, Atrofia Retiniana Progressiva , Entrópio e Ectrópio são problemas de olhos que afetam a raça Golden Retrievers, sendo a catarata a mais encontrada nos dias de hoje. As Cataratas são definidas pela opacidade dentro da lente do olho. Pelo menos um tipo de catarata hereditária aparece em uma idade precoce e afeta Goldens, podendo ou não intervir na visão do cão e em alguns casos, fazendo progresso severo ou até mesmo gerando a perda total de visão.
Existem também cataratas não-hereditárias que podemos encontrar algumas vezes e um exame veterinário oftalmológico é necessário para determinar se a catarata é ou não é motivo de preocupação, do ponto de vista genético. Outros problemas de vista, menos comuns atualmente, tais como Entrópio e Ectrópio (pálpebras viradas) são má formações que resultam numa irritação ocular acarretada pelo constante atrito dos cílios com a córnea.
Uma cirurgia pode ser necessária para corrigir estes problemas, e este é um procedimento razoavelmente simples nos dias de hoje.Exames oftalmológicos deveriam ser feitos anualmente por um veterinário especializado, até pelo menos os oito anos de idade, pois problemas congênitos oculares também podem se desenvolver durante os estágios de envelhecimento dos cães, independente dos fatores hereditários.Goldens com doença hereditária de olhos não devem ser usados para procriação
DOENÇAS DO CORAÇÃO
A doença de coração Hereditária, muito comumente Subvalvular Aortic Stenosis (SAS), é conhecido por acontecer na raça Golden Retriever.
Todos os animais de procriação deveriam ser examinados por um cardiologista veterinário.
Se um “murmúrio” está detectado por auscultação (escutando com um estetoscópio), testes de diagnóstico adicional estão disponíveis e podem ser recomendados.
Contudo, até mesmo quando os resultados são negativos, não se exclui a possibilidade de uma doença de coração. Algumas formas suaves hereditárias podem ser indetectáveis, exceto em autópsia. Animais com doença de coração hereditária não devem ser usados para procriação.
DOENÇAS NEUROLÓGICAS
Os retrievers, em geral, são mais suscetíveis a tumores. Estes costumam ocorrer em idades mais avançadas, mas também podem surgir em cães mais jovens, provenientes de fatores genéticos. Como no caso do ser humano, os tumores podem ser benignos ou malignos, internos ou externos.
Certamente os tumores neurológicos, internos, implicam quadros mais agravantes, na maioria das vezes acompanhados de convulsões e/ou alterações no desenvolvimento físico e comportamental do cão.
Somente um veterinário especializado poderá avaliar e diagnosticar casos neurológicos, pois requer exames e tratamentos específicos. Já as epilepsias nem sempre são hereditárias e as crises acometem o cão geralmente durante o sono ou descanso. Os sintomas são espasmos musculares, incontinência urinária ou/e movimentos natatórios. Pode ser um quadro sem gravidade, proveniente de fatores externos (produtos químicos, por ex), porém só o veterinário terá condições de fazer essa avaliação.
A manifestação e diagnóstico de doença neurológica genética implicam necessariamente a não utilização do animal para procriação.